quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UMA MEMORÁVEL CAMPANHA EXTRAORDINÁRIA

Saibam todos quantos esta crônica lerem que se o Fluminense Football Club se tornar o legítimo campeão brasileiro de futebol do ano da graça de 2012, terá sido pela extrema qualidade de alguns de seus jogadores, apesar da dislexia cérebro-intestinal de seu técnico, o nosso querido, admirado, boa praça, mas cabeça-dura que só ele, Abel No Entanto Braga.

Contra o líder do campeonato, nossos adversários começam
 o jogo babando, mas invariavelmente terminam a chorar.
Como todo líder, o Tricolor das Laranjeiras é o adversário a ser batido, aquele contra o qual seus oponentes entram com os olhos injetados de sangue, a babar como um bebê na primeira dentição e com uma vontade maior que a de costume. Isso faz com que todos os jogos que disputemos sejam mais difíceis, mais tensos, mais sofridos. Não nos iludamos: será assim até o fim do campeonato.

Entretanto, a qualidade superior de nosso elenco tem feito a diferença; a excelência do time é a pedra de toque a transformar jogadas (principalmente as de bola parada) em gols. Thiago Neves e Deco são capazes de colocar a bola onde querem e com o efeito mais apropriado à conclusão de nossos atacantes. Porém, quando não podem estar em campo, há Wagner e Rafael Sóbis com técnica suficiente para suprir a falta de ambos neste quesito.

Em jogos quase sempre de escassas oportunidades de gol, aproveitá-las torna-se primordial para a obtenção das vitórias num campeonato dificílimo, como é esse, o brasileiro. Está aí, principalmente, o condão de um elenco cujos desfalques são providos de peças quase equivalentes nas posições de meio de campo e ataque, permitindo que nosso técnico escale um time tão equilibrado quanto efetivo em todas as partidas.

 - Dã!... Tio MR, digo, Rabi, se o Fluminense é essa coca-cola toda, por que o senhor quer transformar o pobre Abel Braga numa conjunção adversativa?

Engana-se, meu caro e ignóbil Pocinho, campeão da copinha toyota de 1981, quando diz que quero transformá-lo, porque Abel Todavia Braga nasceu, cresceu e vai morrer um elemento de contrariedade, de oposição, de compensação, no caso, às vitórias que seu time venha a obter. E isso acontece porque Abel Porém Braga, quer chova ou faça sol, de dia ou à noite, jogando em casa ou fora dela, escala o time sempre, eu disse SEMPRE, com dois volantes, o que é totalmente desnecessário (senão arriscado) quando temos o mando de campo num jogo em que o adversário é sabidamente inferior. Porque se o adversário sai na frente no placar, aí haja sorte, técnica e coração para reverter o resultado adverso (vide este último jogo, contra a esforçada, porém tosca equipe do Barcelona da Ponte Afrobrasileira).

Abel Braga mergulha o time do
Fluminense nas águas do

 rio da Vitória, segurando-o por Edim.
Outro problema grave que vejo em nosso técnico é a cisma dele com Edim, o volante mais parvo, lento e fácil de ser batido entre todos os volantes que atuam na primeira divisão. Pior do que escalar Edim como titular absoluto, é deixar Valência no banco de reservas. Tal como a ninfa Tétis, que mergulhou seu filho Aquiles nas águas do Rio Estige para torná-lo invulnerável, mas se esqueceu de molhar também o calcanhar pelo qual o segurava, Abel Entretanto Braga comete um erro crasso ao escalar Edim (que, como atleta, é um erro na acepção da palavra), tornando-o o ponto vulnerável de um time quase invencível.

Mas o que realmente importa no atual momento, meus amigos e minhas amigas, é curtir essa liderança inconteste de incríveis nove pontos que nos separam do joio representado por essa agremiação galinácea e, por isso mesmo, vagabunda do Atlético de Minas Gerais.

Oxalá continue a dar (ai!) certo Abel Contudo Braga seguir a escrever errado por linhas tortas, e que possamos gritar ao final das próximas dez rodadas: “É CAMPEÃO! É CAMPEÃO! CHUPA, MULAMBADA!”.

(Originalmente publicado como comentário no Blog do meu amigo, meu irmão, meu brother João Garcez).

3 comentários:

  1. - Dã... Tio MR, digo, Rabi, Vossa Eminência não deu (no bom sentido) CTRL+C/CTRL+V de um texto antigo? A batalha contra a Ponte Preta (onde quase vimos a coisa preta) foi há duas semanas atrás...

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  2. Hahahahahahahahaha!!! Isso! Isso! Isso! Esse texto escrevi antes do jogo contra o Frangacelona. Esqueci de alertar ao final da bagaça. Vou corrigir. Valeu, Peixe!

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  3. Caramba MR, procuro por vc (e pelo seu blog tbm) no incansável google há muito tempo. Que bom saber que retornou, o fim dos jogos do nosso tricolor voltou a ser mais animado. Parabéns para vc e obrigado pelo seu retorno. ST, Almir Neto, Vitória-ES.

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