ABEL BRAGA - UM VITORIOSO METAIMBECIL

A História nos ensina que a Fortuna, a Sorte (ou seja lá o nome que meus irreprocháveis leitores queiram dar à força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida) é um privilégio de poucos, uma espécie de presente do Destino a agraciar um reduzido número de indivíduos num universo de milhões deles. Ela parece nada ter a ver com a meritocracia, como supõe alguns, ou com qualquer outra condição que se possa imaginar.

A Fortuna, deusa da sorte dos
antigos romanos, é pródiga apenas
com poucos felizardos.

O Homem, com a sua necessidade inata de querer explicar a razão de tudo o que existe, há muito criou uma ciência, a Filosofia, no afã de satisfazer essa premência, mas nem os maiores filósofos da Antiguidade lograram desvendar este mistério: por que razão determinados indivíduos são bafejados pela sorte, enquanto outros não.

A Sorte e a falta de Razoabilidade não são elementos excludentes num mesmo indivíduo, senão como poderíamos explicar a carreira vitoriosa de um metaimbecil do quilate de Abel Braga, nosso querido técnico prestes a se sagrar, de forma inconteste, Campeão Brasileiro de Futebol de 2012?

 - Dã!... Tio MR, digo, Rabi, o que vem a ser um metaimbecil?

A metaimbecilidade, meu caro e ignóbil discípulo Pocinho, campeão da copinha toyota de 1981, trata-se da existência de duas espécies de imbecilidades sobrepostas, a consciente e a inconsciente, num mesmo ser. A primeira se refere à apatia, à indolência premeditadas que certos indivíduos demonstram em relação à aquisição do saber; a segunda, a inconsciente, se refere a uma condição inata em que o indivíduo nasceu assim, cresceu assim e vai morrer assim, como a Gabriela, de Jorge Amado. Em suma, Abel é um imbecil por parte de pai e mãe, com o agravante de, premeditadamente, não envidar esforços no sentido de minimizar os nefastos efeitos dessa condição bestabucefaloburroquadrada.

Gabriela é uma metaimbecil, mas who cares?

Ora, a maioria dos metaimbecis estão fadados a se tornar losers, colecionadores de rotundos fracassos em profusão ao longo de suas vidas ineptas, como é o caso de MR, este seu pobre street cleaner, que apenas as ruas varre. Não obstante, alguns poucos metaimbecis alcançarão estrondosos e inacreditáveis sucessos, mas tão somente pela ação da Fortuna, a Deusa da Sorte dos antigos romanos. E isso, como é notório, nada tem a ver com meritocracia, competência ou coisa que o valha. Trata-se apenas de boa sorte, nada mais.

E é assim, meus irreprocháveis leitores, que MR, de forma precisa e cabal, acaba de demonstrar como um técnico nada razoável como Abel Braga, que age como uma besta e que tinha tudo para dar (ai!) errado, se torna campeão brasileiro de futebol, de forma tão insofismável. In fact, Abel nasceu com a olh#ta voltada para a lua, e fim de papo nessa p#rra!